Grande abraço e saudações da Mãe Gaia.
Não é novidade que exposição em excesso aos raios do sol faz mal. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer mais freqüente é o de pele, que corresponde a cerca de 25% de todos os tumores diagnosticados no país. Mas ninguém havia visto ainda os danos provocados pela luz ultravioleta não à epiderme, mas à própria molécula que carrega as instruções genéticas da vida.
Um grupo de pesquisadores da Alemanha e dos Estados Unidos conseguiu observar em tempo real prejuízos promovidos pela luz ultravioleta em cadeias de DNA. Pior: eles verificaram que a reação química ocorre em grande velocidade, de menos de um picossegundo (trilionésimo de segundo).
Cientistas estudam os danos provocados pelos raios UV para tentar compreender o papel desses em queimaduras solares e em doenças como câncer de pele. O novo trabalho, publicado na edição atual da revista Science, indica que os danos dependem em grande parte da posição do DNA no momento em que os raios ultravioleta atingem a molécula.
Segundo Bern Kohler, da Universidade do Estado de Ohio e um dos autores do estudo, a luz ultravioleta estimula a molécula de DNA pela adição de energia. O estado energizado freqüentemente decai de forma inofensiva à molécula, mas em alguns casos ele dispara uma reação que altera a estrutura dessa.
Cientistas acreditavam que, quanto mais uma molécula de DNA fosse excitada por energia ultravioleta, maiores as chances de que sofresse algum dano. Ou seja, estados mais prolongados de estimulação seriam mais perigosos. Mas o novo estudo mostra que o tipo mais comum de dano é causado justamente pela estimulação breve.
“A velocidade dessa reação tem conseqüências importantes para entender como o DNA é danificado pela luz ultravioleta. Em nosso estudo, não vimos qualquer evidência de que estados energéticos prolongados fossem responsáveis pelos danos, mas sim as excitações mais curtas”, disse Kohler em comunicado da Universidade do Estado de Ohio.
Os danos identificados consistiram de duas pequenas ligações moleculares formadas onde não deveriam: entre duas bases de timina. A timina é uma base nitrogenada que se emparelha com a adenina na molécula de DNA.
O DNA emprega reações químicas específicas para se curar, mas, quando os danos são demasiados, ele passa a não mais se replicar corretamente. Células danificadas de forma grave simplesmente morrem. Os cientistas apontam que os danos crônicos criariam mutações que levariam a doenças como o melanoma.
O DNA se move constante e rapidamente, em uma flexibilidade que torna possível as reações químicas normais que ocorrem em uma célula. O problema, segundo o estudo agora divulgado, é que a velocidade dos raios ultravioleta em provocar danos é muito maior do que a das adaptações do DNA.
Agência FAPESP
Pesquisadores dinamarqueses e neozelandeses testemunharam a formação das relações de ajuda mútua numa comunidade de bactérias. Para entender como essas complexas intereções se tornam mais estáveis à medida que as relações entre as espécies evoluem, a equipe de Paul Rainey, da Universidade de Auckland (Nova Zelândia), estudou um modelo simplificado de comunidade com apenas duas espécies. Os autores relatam que, ao formar um biofilme, as bactérias Acinetobacter e Pseudomonas putida conseguem aproveitar nutrientes escassos de uma maneira muito mais eficiente do que se trabalhassem de forma isolada. A explicação para essa interação está em pequenas mutações genéticas que fazem com que uma espécie se adapte à presença da outra. No caso estudado, a Acinetobacter converte o alimento fornecido pelos pesquisadores – álcool benzílico – em um composto que a P. putida consegue aproveitar. Dessa forma, ambas as espécies podem viver com uma quantidade total de alimento menor.
Fontes:
Evolution of species interactions in a biofilm community. Hansen et al. Nature (1 February 2007)
Tenha paciência ao caminhar com ele na rua. É provável que ele faça paradas freqüentes … sempre há uma formiga carregando uma folha gigantesca nas costas ou uma samambaia disposta de uma forma estranha num buraco do muro.
Ele acha isso incrível!!!
Toda vez que vcs entrarem em qualquer assunto que envolva a área dele, ele se empolgará. Finja que presta atenção no que ele diz. Finja que está entendendo também.
Entenda que o conceito de beleza de seu amigo biólogo é um tantinho diferente do seu. Sapos verdes, gosmentos e verruguentos são lindos. Escorpiões, aranhas, opiliões (hein??), ay-ays são todos lindos.
Tente não vomitar quando ele te mostrar as fotos da última necropsia feita num golfinho.
Simplesmente ignore quando o encontrar de quatro, agachado sobre o musgo… e faça o possível para que ele não te veja, pois uma vez que isso acontecer ele começará o discurso em biologuês: “são briófitas! São as plantas mais primitivas! Você acredita que elas não têm nem vasos condutores? E elas ainda dependem da água para a fecundação e…”
É provável que ele prefira ir para o congresso de Mastozoologia ao in vés daquela viagem romântica. Vc quer ajuda-lo? Mostre que há outras coisas no mundo, por exemplo… convide-o para ir a um museu de arte. Ou a um grupo de discussão sobre literatura.
Ele terá tendência a chamar pinheiros de gimnospermas. E a pinha (de onde vem o pinhão) de estróbilo.
Não, ele não é um maníaco suicida se decidir entrar numa jaula para mergulhar com tubarões-brancos. Mas também não deve estar em seu juízo perfeito.
É melhor vc assistir filmes como A Era do Gelo e Procurando Nemo com amigos que não sejam biólogos. Caso contrário, vc ouvirá, durante o filme: “ah, mas baleias não têm essa conexão entre a boca e o nariz, o Marlin e a Dori nunca poderiam ter saído pelo nariz dela!” E quem se importa??
Contamos com a presença de todos vocês . Até lá !!!
Durante esse "recesso", alguns de nossos colegas estarão nos representando em diversas reuniões, fora do nosso Campus, e esse encontro será fundamental para ficarmos por dentro das propostas e dos informes oferecidos a nós, estudantes do curso de Ciências Biológicas - da UNEB - Campus-X.
Esperamos por vocês !!!!